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domingo, 9 de março de 2008

CONFESSO

CONFESSO

Hoje é dia das mulheres...

Eu adoro mulheres, amo algumas, convivo com muitas, tenho muitas amigas mulheres, tenho tesão por várias, divido confidências com poucas, sou filho, irmão e paí de mulheres...

Dizer que não as compreendo é o mesmo que dizer que também não me compreendo sempre, que não compreendo parte dos homens... Não compreendê-las é parte de minha trágica consciência de mim mesmo. E estou em busca disso.... e espero que elas queiram cada vez mais compreenderem-se a si mesmas, mesmo que de modo imcompleto e trágico, às vezes.

O que peço à mulheres é apenas que elas não aceitem apenas ser mercadoria, fetiche para todos os tipos de comércio, inclusive o sexual, erótico, através do qual se simula o sexo para anulá-lo em seguida, como uma das mais maravilhosas experiências humanas. O que desejo é que elas parem de fingir prazer quando é de dor e desconforto que se trata. Nenhum homem merece esse engano, que é um engano que os deseduca, os torna arrogantes, achando que foram o máximo, quando de fato foram um fracasso. Engano que é da mulher para ela mesma, pintando uma imagem de si que não coincide consigo própria. O que espero é que as mulheres nos ensinem, nos desmascarem, mas não esqueçam de aceitar uma foto fora de pose; aceitem que são belas mesmo sem todas as plasticidades dos salões de beleza.

Gosto das mulhesres quando estão descabeladas, calçando chinelos velhos, enfiadas naquelas roupas com as quais elas não arriscam nem a olhar pelo olho mágico, quanto mais abrir a porta. E gosto delas vestidas em roupas inteligentes, bonitas - uma beleza que não é a das grifes, nem das modas de novela... Também gosto das mulheres sem roupa, para mirar-lhes o corpo em suas imperfeitas belezas, para sentir os odores e promover as contrações da pele. Mas não gosto de exibicionismo idiota metido a fuleragem de banda de forró putaria, funk ou pagode escroto, acima de tudo machistas, que reduzem as mulheres a coisas, e as despem de dignidade. Não gosto desta feiúra de mulher-coisificada, achando que está podendo.

Sobretudo, eu que não sou galã, que não sou compeão em tudo, que não porto as maiores medidas de nada, desejo apenas que as mulheres sejam menos entusiasmadas com os tamanhos... da conta bancária do cara, do carro dele, do som no porta-malas do carro dele, dos músculos que ele porta, da arrogância que ele exibe sem disfarces, ou até mesmo do tamnaho do pênis dele. Porque a mim não me convencem mais bundas grandes, batatas de pernas roliças, peitos de silicone, lábios exuberantes, se não houver dignidade. A mim convence-me apenas o afeto e a disponibilidade em aprender, em assumir-se mais humana e imperfeita. Não quero super-mulheres!!! Nem gosto da idéia de super-homens. E além disso acho que beleza é outra coisa.

É contra a coisificação das mulheres que eu me coloco. Coisificação que muitas delas aceitam sem pestanejar. E espero que que as mulheres, em seu dia, se reconheçam ou não nesta minha confissão.

Josemar Martins (Pinzoh)